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Massacre do Capacete: Uma Ferida Aberta na História do povo tikuna

Massacre do Capacete: Uma Ferida Aberta na História do povo tikuna

O Massacre do Capacete, também conhecido como Massacre dos Tikunas, foi um crime terrível que aconteceu no dia 28 de março de 1988, na localidade de Boca do Capacete, próxima ao município de Benjamin Constant, no Amazonas.

Nesse dia trágico, um grupo de madeireiros armados, liderados por Oscar de Almeida Castelo Branco, conhecido como “Careca”, emboscou e atacou brutalmente uma comunidade indígena Tikuna, durante uma assembleia pacífica para discutir a demarcação de suas terras.

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O resultado dessa atrocidade praticado por madeireiro foi devastador: 4 indígenas foram mortos, 23 ficaram feridos e 10 desapareceram até hoje. Entre os mortos, estava um menino de apenas 5 anos, acusaram como mandante e responsável pelo massacre, Oscar de Almeida Castelo Branco, o que era fato notório em Benjamin Constant (AM), município em que se deu o massacre. O ataque causou terror e sofrimento imensos na comunidade Tikuna, deixando marcas profundas que perduram até os dias de hoje.

Contexto Histórico e Motivações do Massacre

De acordo com historiador local, Massacre do Capacete se inseriu em um contexto histórico marcado por conflitos violentos entre madeireiros e indígenas pela posse de terras na Amazônia. Na época, a região do Alto Solimões, onde o massacre ocorreu, era alvo da cobiça de madeireiros ilegais que desmatavam a floresta de forma predatória e expulsavam os povos indígenas de suas terras ancestrais.

Os Povo Tikunas, que moram nessa região do altos Solimões  há milhares de anos, lutavam pela demarcação e proteção de suas terras, essenciais para sua sobrevivência e cultura. O ataque ao Capacete foi um ato de extrema violência e crueldade, motivado pela ganância e pelo desejo de subjugar os indígenas e tomar suas terras.

Luta por Justiça

A comunidade Tikuna, com o apoio de organizações de direitos humanos e movimentos sociais, continua lutando por justiça e pela memória das vítimas. Diversas ações foram realizadas ao longo dos anos, como manifestações, protestos e ações judiciais, buscando responsabilizar os culpados e garantir a reparação dos danos causados.

O Massacre do Capacete representa um capítulo sombrio na história brasileira, evidenciando a violência estrutural contra os povos indígenas e a impunidade que muitas vezes marca crimes contra esses grupos. É um símbolo da luta dos povos indígenas por seus direitos e pela proteção de seus territórios.

O massacre serve como um lembrete constante da necessidade de combater o racismo, a discriminação e a violência contra os povos indígenas. É um chamado à ação para que a sociedade brasileira se mobilize e exija justiça para as vítimas do Capacete e para todos os povos indígenas que sofrem violações de seus direitos.

Memória e Reflexão

De acordo com ancestrais é fundamental manter viva a memória do Massacre do Capacete e das vítimas dessa atrocidade. A luta por justiça e pela reparação dos danos causados à comunidade Tikuna deve continuar. É preciso refletir sobre as causas estruturais que permitiram que esse crime acontecesse e trabalhar para construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e protegidos.

O Massacre do Capacete contra povo tikunas é um marco histórico que nos convida à reflexão sobre acontecimento, à luta e à construção de um futuro mais digno para todos os povos indígenas do Brasil.

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