Estudantes do INC-UFAM discutem as possibilidades de aulas devido ao período de estiagem do rio Amazonas

Nesta quarta feira, dia (25), discentes do Instituto de Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), localizado em Benjamin Constant, estão discutindo sobre enfrentando desafios com a continuidade das aulas devido à severa estiagem que afeta a região do rio Amazonas e a ausência de restaurante. A seca, que é uma das piores dos últimos anos, está impactando diretamente o transporte fluvial, principal meio de locomoção de muitos estudantes e professores da região. Como as comunidades ribeirinhas dependem dos rios para deslocamento, a baixa nos níveis das águas tem dificultado o acesso ao campus.

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Seca na Amazonas

A grave estiagem que atinge o estado do Amazonas, particularmente no município de Benjamin Constant, está gerando uma série de dificuldades que afetam diretamente os discentes do Instituto de Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Além dos problemas de transporte causados pela baixa nos níveis dos rios, os estudantes enfrentam uma crise logística que está comprometendo não apenas o acesso às aulas, mas também suas condições de vida e estudo. Entre os principais desafios estão:

1. Falta de Logística de Alimentação: Com a dificuldade de transporte fluvial, a distribuição de alimentos no município tem sido prejudicada. Os discentes, muitos dos quais dependem de programas de assistência estudantil ou de alimentos subsidiados, estão encontrando dificuldades para manter uma alimentação regular, o que afeta diretamente a rotina acadêmica e a saúde.
2. Falta de Combustível e Energia Elétrica: O município de Benjamin Constant depende, em grande parte, de geradores a diesel para fornecer energia elétrica. No entanto, com a estiagem, o abastecimento de combustível está comprometido, resultando em falta de eletricidade, o que afeta tanto as atividades acadêmicas quanto o cotidiano da população. Essa situação impacta diretamente o funcionamento da universidade e a possibilidade de realização de aulas presenciais.
3. Escassez de Água Potável: A falta de água potável também é uma consequência severa da estiagem. A baixa dos rios limita o acesso a fontes de água seguras, forçando a população a recorrer a alternativas que nem sempre são adequadas para o consumo. Esse problema afeta os discentes, que enfrentam dificuldades tanto para higiene quanto para consumo.

Discussão sobre a Paralisação, Ensino Remoto ou Híbrido

Diante desse cenário, os discentes do INC-UFAM estão discutindo soluções viáveis para continuar o semestre letivo sem que haja grandes prejuízos acadêmicos. Durante as reuniões realizadas, três alternativas estão sendo consideradas:

1. Paralisação das Atividades Acadêmicas: Uma parte dos estudantes defende a paralisação temporária das atividades acadêmicas até que a situação de crise causada pela estiagem seja mitigada. Essa medida daria tempo para que a universidade, em conjunto com autoridades locais e estaduais, pudesse encontrar soluções para os problemas logísticos e de infraestrutura.
2. Ensino Remoto: Outra possibilidade em debate é o retorno ao ensino remoto. Durante a pandemia de COVID-19, a UFAM já adotou essa modalidade, o que poderia servir como um modelo temporário enquanto durarem os efeitos da estiagem. No entanto, os desafios de conectividade para os estudantes que vivem em áreas remotas e sem acesso adequado à internet continuam sendo uma barreira significativa.
3. Ensino Híbrido: Uma terceira proposta é a adoção de um modelo de ensino híbrido, que combina aulas presenciais e remotas. Esse formato permitiria uma certa flexibilidade, atendendo àqueles que conseguem se deslocar até o campus e àqueles que, por razões logísticas, precisam assistir às aulas online. No entanto, o ensino híbrido também depende de infraestrutura básica, como internet e eletricidade, que estão prejudicadas pela crise atual.

Decisão em Reunião

A decisão sobre qual modelo será adotado será tomada em uma reunião entre discentes, docentes e representantes da administração da UFAM, com a participação de autoridades locais, se necessário. O objetivo é garantir que a escolha seja a mais inclusiva e que minimize os prejuízos acadêmicos, levando em conta o bem-estar dos estudantes e a capacidade de resposta da instituição e do município frente às dificuldades impostas pela estiagem.

Restaurante Universitários

Restaurante universitária- RU é dos principais mantimento dos alunos da graduação na faculdade. O restaurante, cuja finalidade fornecer refeições a preços acessíveis para apoiar os estudantes, foi fechado no dia 26 de agosto deste anos. Desde então, há estudantes que passam o dia inteiro sem comer.

Os participantes da reunião devem pesar os prós e contras de cada uma dessas soluções e considerar as variáveis locais, como o agravamento da crise hídrica e energética. A aprovação da melhor estratégia dependerá do consenso entre os envolvidos, buscando conciliar a continuidade da educação com as dificuldades extremas enfrentadas pela população.