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Marina é convocada para explicar participação no Acampamento Terra Livre

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou da abertura do Acampamento Terra Livre (ATL) de 2025, ao lado das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e do ministro Márcio Macêdo

Marina é convocada para explicar participação no Acampamento Terra Livre

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou da abertura do Acampamento Terra Livre (ATL) de 2025, ao lado das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e do ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral). Durante o evento, foi lançada a Comissão Internacional Indígena da COP 30, que integrará o Círculo dos Povos na conferência climática a ser sediada no Brasil. Ela deverá comparecer na próxima quarta-feira (7).

O requerimento para a presença da ministra foi apresentado pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da Comissão de Agricultura. No pedido, ele destaca que Marina Silva participou da marcha do Acampamento Terra Livre, durante a qual, segundo o texto, “manifestantes romperam a linha de defesa da Polícia Militar do Distrito Federal, derrubaram os gradis e invadiram o gramado do Congresso Nacional”.

O colegiado deseja esclarecer se Marina apoiou, ou não, as ações dos indígenas em Brasília no dia 10 de abril, quando manifestantes entraram em confronto com a polícia ao tentarem acessar uma área do Congresso que estava isolada por barreiras de segurança.

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Marina Silva é cobrada por presença próxima a protesto indígena no Congresso e por obras da COP30

Em abril deste ano, manifestantes indígenas realizaram um protesto na área externa do Congresso Nacional, em Brasília. A ação foi contida pelas Polícias Legislativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que utilizaram agentes químicos para dispersar os manifestantes e impedir o avanço ao Palácio do Congresso.

Durante o episódio, vídeos divulgados nas redes sociais mostraram que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, estava na Esplanada dos Ministérios em horário próximo à tentativa de invasão. O fato foi citado pelo deputado federal José Medeiros (PL-MT), que apresentou um requerimento pedindo esclarecimentos sobre a presença da ministra no local.

Segundo o parlamentar, é necessário entender o motivo da presença de Marina e se, de alguma forma, ela teve envolvimento ou contribuiu para o ato. O requerimento foi apresentado à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

Além disso, o deputado Evair de Melo (PP-ES) solicitou que a ministra preste informações sobre as obras de construção de uma nova rodovia em Belém (PA), planejada para receber os eventos da COP30, marcada para novembro deste ano. Marina também deverá detalhar as ações do ministério no enfrentamento ao aumento dos focos de incêndio no país.

As solicitações de convocação ainda serão analisadas pelos parlamentares da comissão. As informações são da revista Oeste.

O requerimento de convocação também solicita que Marina Silva se manifeste sobre outros assuntos, como as queimadas em níveis recordes, a degradação recorde da Amazônia Legal e as supostas multas “excessivas” aplicadas pelo Ibama. Segundo o autor do pedido, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), esses são “fatos graves” que exigem fiscalização por parte da Câmara dos Deputados.

A nova atualização do MapBiomas Fogo revela que, entre janeiro e março de 2025, quase um milhão de hectares foram queimados — um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2024. A Amazônia concentrou 84% de toda a área atingida pelo fogo.

Entre janeiro e março de 2025, o Brasil registrou 912,9 mil hectares queimados, conforme a nova atualização do Monitor do Fogo, uma iniciativa do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para mapear e quantificar as áreas afetadas por queimadas no território nacional. Esse número representa uma redução de 70% em comparação ao mesmo período de 2024, o que equivale a 2,1 milhões de hectares a menos queimados.

De acordo com o levantamento, 78% da área queimada entre janeiro e março foi em vegetação nativa, com destaque para as formações campestres, que corresponderam a 43% da área total atingida pelo fogo. Nas áreas de uso agropecuário, as pastagens concentraram 137 mil hectares queimados no trimestre.

A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 774,5 mil hectares queimados, representando 84% do total registrado no país. O estado de Roraima liderou o ranking estadual, com 415,7 mil hectares queimados, seguido pelo Pará (208,6 mil hectares) e Maranhão (123,8 mil hectares). Juntos, esses três estados somaram 81% de toda a área queimada no Brasil no primeiro trimestre. Os municípios de Pacaraima (RR) e Normandia (RR) foram os que apresentaram os maiores números de queimadas, com 121,5 mil e 119,1 mil hectares, respectivamente.

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