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Desafios do transporte em meio à seca no Amazonas

Desafios do transporte em meio à seca no Amazonas
  • Publishedagosto 23, 2024

Amazonas– A seca no Amazonas, um fenômeno que se intensifica em ciclos periódicos, tem provocado grandes preocupações entre os habitantes da região, especialmente nas comunidades ribeirinhas e em cidades que dependem fortemente dos rios para o abastecimento de alimentos e transporte.

Atualmente, 20 das 62 cidades do estado se encontram em estado de emergência. Em 2023, a seca atingiu níveis alarmantes, levando a uma crise hídrica sem precedentes, que impactou tanto a vida cotidiana quanto a economia local. A Defesa Civil comunicou que os níveis dos rios no Amazonas estão inferiores ao esperado para esta época do ano em todas as suas vertentes.

Alto rio Solimões

As regiões do Alto Solimões, incluindo Tabatinga, enfrentam uma situação alarmante, lidando com a escassez de insumos e água potável. Após a seca severa de 2023, o governo estadual e membros da sociedade civil se uniram para mitigar os impactos de uma nova seca que, em 2024, começou mais cedo e comprometeu o planejamento.

Fonte: Publicação- Rede Social

No trecho entre Benjamin Constant e Tabatinga barcos e lanchas comerciais não conseguem mais navegar devido o nível baixo do Rio Solimões. No entanto, seca gera impacto para transporte comercial, os ribeirinho que sao mais afetados.

Em 2023, a seca atingiu seu ponto máximo em setembro. Neste ano, a situação mais grave já pode ser observada atualmente, com a escassez de água na área urbana do município e a ausência de alimentos e medicamentos nas áreas rurais.

Impacto da seca nos principais rios do Amazonas e suas consequências para o transporte

A seca no Amazonas tem causado uma significativa redução no nível dos principais rios da região, como o Rio Amazonas, rio Solimões e o Rio Negro. Essa queda no volume de água afeta diretamente a navegabilidade desses rios, que são as principais vias de transporte para muitas comunidades ribeirinhas.

Com a diminuição do nível dos rios, barcos e balsas enfrentam dificuldades para navegar, resultando em atrasos e interrupções nos serviços de transporte. Isso não só impacta a mobilidade dos moradores, mas também o abastecimento de alimentos e outros bens essenciais.

De acordo com defesa civil, cerca de dez mil indivíduos já sofreram as consequências do fenômeno, que também tem isolado comunidades, deixado embarcações encalhadas e gerado dificuldades no fornecimento de insumos na cidade.

Alterações no transporte fluvial: adaptações e soluções em tempos de baixa precipitação

Para enfrentar os desafios causados pela seca, as comunidades e operadores de transporte fluvial estão adotando várias medidas de adaptação. Embarcações menores e mais leves estão sendo utilizadas para garantir a navegação em águas rasas.

Neste ano, o estado do Amazonas pode enfrentar uma estiagem tão intensa ou até mais grave do que a do ano anterior. O governo estadual fez esse alerta, prevendo que esta poderá ser a maior seca já registrada na região.

No dia 5 deste mês, o governo de Wilson Lima (União) criou um Comitê para Combater a estiagem, que é formado por 33 secretarias e entidades do governo.

Além disso, rotas alternativas estão sendo mapeadas e exploradas para contornar trechos de rios onde a navegação se tornou inviável. Essas soluções, embora paliativas, são essenciais para manter a conectividade entre as comunidades durante períodos de seca extrema.

Desafios logísticos nas comunidades ribeirinhas afetadas pela seca

As comunidades ribeirinhas enfrentam desafios logísticos significativos devido à seca. A dificuldade de navegação impede o transporte regular de alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais, colocando em risco a segurança alimentar e a saúde dos moradores.

Além disso, a seca compromete a pesca, uma das principais atividades econômicas da região, agravando ainda mais a situação econômica dessas comunidades. A escassez de água também afeta a agricultura, reduzindo a produção local e aumentando a dependência de produtos transportados de outras regiões.

Estratégias de mitigação e suporte governamental para garantir mobilidade e abastecimento

Acompanha a lista de cidades do Amazonas em situação de emergência por estiagem:

Na nota do governo do estados do amazonas, as cidade que foram afetado por seca severa. Acompanha a lista de cidades do Amazonas em situação de emergência por estiagem:

  • Guajará
  • Ipixuna
  • Envira
  • Itamarati
  • Eirunepé
  • Carauari
  • Juruá
  • Pauini
  • Lábrea
  • Tapauá
  • Beruri
  • Canutama
  • Boca do Acre
  • Atalaia do Norte
  • Benjamin Constant
  • Tabatinga
  • São Paulo de Olivença.

A seca no Amazonas é um fenômeno devastador que afeta diretamente a vida de milhares de pessoas, comprometendo o abastecimento de alimentos e o transporte, pilares da sobrevivência na região. As soluções para esse problema exigem uma abordagem integrada, que combine ações emergenciais com políticas públicas de longo prazo, voltadas para a adaptação às mudanças climáticas e a melhoria das condições de vida das populações ribeirinhas.

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Por redação

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